tenho
.Cada momento
mudei.
Continuamente me
estranho.
Nunca me vi nem
acabei.
De tanto ser, só
tenho
alma.
Quem tem alma
não tem
calma.
Quem vê é
só o que
vê,
Quem sente
não é quem
é,
Atento ao
que sou e
vejo,
Torno-me
eles e não
eu
.Cada meu
sonho ou
desejo
É do que
nasce e não
meu
Sou minha
própria
paisagem;
Assisto
à minha
passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde
estou.
Por isso, alheio,
vou
lendo
Como páginas,
meu
ser.
O que segue não
prevendo,
O que passou a
esquecer.
Noto à margem
do que
li
O que julguei
que
senti.
Releio e digo
: "Fui eu ?"
Deus sabe,
porque o
escreveu.
(Fernando
PEssoa)
no fim das contas, acho q todos os poetas são iguais: sofredores, sonhadores, contidos, esparramados...e sendo assim, a alma das pessoas tbém não deve sofrer mta variação. Daí a gente acaba fazendo poesia daquilo q a gente sente, e q, se fosse de outra forma, nem sempre nos expressaríamos...
O Fernando Pessoa era meio melancólico (!), depressivo, mas tinha um lente de aumento q dava pra decifrar um pouco do íntimo humano. Por isso, dou a ele o meu respeito e mto crédito...
me lembro que qdo eu era criança, lá em casa tinha um livro dele q eu até tentei ler, mas achei meio chato, sabe...pois é...os anos passaram, e aquilo que ele escreveu acabou por fazer sentido. Tbém eu escrevi um monte de poesias, mostrei algumas pra algumas pessoas, mas não faço mais isso não...tenho um monte escritas recentemente,q o mundo nunca vai ler...seria me expor demais sabe, e tenho q aprender a fazer justamente ao contrário. Se eu mostrar, é a mesma coisa q tirar a roupa no Maracanã na final do campeonato carioca...e eu sou meio tímida, sabe....heheheh
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