terça-feira, 11 de novembro de 2008

Não sei quantas almas
tenho

.Cada momento
mudei.

Continuamente me
estranho.

Nunca me vi nem
acabei.


De tanto ser, só
tenho
alma.

Quem tem alma
não tem
calma.

Quem vê é
só o que
vê,

Quem sente
não é quem
é,

Atento ao
que sou e
vejo,

Torno-me
eles e não
eu


.Cada meu
sonho ou
desejo

É do que
nasce e não
meu

Sou minha
própria
paisagem;


Assisto
à minha
passagem,

Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde
estou.

Por isso, alheio,
vou
lendo


Como páginas,
meu
ser.

O que segue não
prevendo,

O que passou a
esquecer.

Noto à margem
do que
li

O que julguei
que
senti.


Releio e digo
: "Fui eu ?"


Deus sabe,
porque o
escreveu.




(Fernando
PEssoa)






no fim das contas, acho q todos os poetas são iguais: sofredores, sonhadores, contidos, esparramados...e sendo assim, a alma das pessoas tbém não deve sofrer mta variação. Daí a gente acaba fazendo poesia daquilo q a gente sente, e q, se fosse de outra forma, nem sempre nos expressaríamos...

O Fernando Pessoa era meio melancólico (!), depressivo, mas tinha um lente de aumento q dava pra decifrar um pouco do íntimo humano. Por isso, dou a ele o meu respeito e mto crédito...

me lembro que qdo eu era criança, lá em casa tinha um livro dele q eu até tentei ler, mas achei meio chato, sabe...pois é...os anos passaram, e aquilo que ele escreveu acabou por fazer sentido. Tbém eu escrevi um monte de poesias, mostrei algumas pra algumas pessoas, mas não faço mais isso não...tenho um monte escritas recentemente,q o mundo nunca vai ler...seria me expor demais sabe, e tenho q aprender a fazer justamente ao contrário. Se eu mostrar, é a mesma coisa q tirar a roupa no Maracanã na final do campeonato carioca...e eu sou meio tímida, sabe....heheheh

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