segunda-feira, 28 de junho de 2010

Campos secos, terra arada e tapete de flores

Por alguns instantes dei bem uma olhada naqueles campos. Era a soja ou o milho que já estavam colhidos e que apresentavam uma palha seca e --posso garantir-- ninguém gostaria de fazer um piquenique por ali.  DEsolãção.
Centenas de quilômetros à frente, eram outras plantações, com alguns dias, onde o verde desabrochava. Também reparei aquelas pequeninhas flores amarelas que, atrevidas, nasciam na beira da estrada que cortava o cerrado. Olhei o céu azul, profundo, às vezes limpo, às vezes com algumas nuvens brancas. Esperança.
Quando o Mato Grosso ficou pra trás, já era madrugava de uma lua cheia tão clara que, como de costume, não me deixava dormir direito. Não me despedi dele oficialmente, pq não gosto de despedidas MESMO! embora a minha vida nos últimos anos tenha sido intensamente pontuada por tudo isso. Passado.
O cenáriio descrito acima foi observado através de uma janela de um ôniubus que rodou centenas de quilômetros por mais de 24 horas. Foi a viagem de volta pra Dourados. Chegeui ontem. A Ká foi me buscar na rdoviária, junto com meu irmão. Raízes profundas.
 Junto com um amigo do meu irmão me ajudaram a descarregar 13 volumes entre roupas, sapatos, documentos, objetos e muitos livros. Todo meu patrimônio ajutado em uma trajetória de 10 anos pelo mundo afora me custaram R$ 70,00 de excesso de bagagem. REtorno.
Não sei se sou uma desertora ou uma repatriada. A verdade é que eu voltei depois de 10 anos pára Dourados por vários motivos. Não quero mais ficar longe da minha família, não quero ser plantadora de igrejas, não consegui ficar sozinha. Os sentimentos se alternam, as opiniões também. Quem deixei em cláudia me disse estar triste pela minha partida mas feliz pq eu estava voltando para casa, para junto do meus. Minha família e amigos dizem que fiz certo e que estão felizes. Eu estou feliz também, mas um pouco insegura por causa do futuro. Futuro, aliás, que eu, bem seim, não pertence a mim. Por outro lado, "se vc não fizer planos pra sua vida, outra pessoa vai fazer. Se vc n]ao tomar as rédeas da sua vida, outra pessoa vai tomar". Livre? não sei...Sozinha? Não mais, pelos menos por enquanto.
No saldo final, sou o que sou aos olhos de Deus e basta.
Não quero dar explicações, da mesma forma que não quero olhar para trás, da mesma forma que não quero me preocupar. Às vezes me traio...
Meu amor pela Obra continua, embora eu sinta que preciso organziar minhas idéias e me estruturar novamente. /quero sim trabalhar para Deus, mas não sei se quero trabalhar para sistemas. O seminário abriu mto minha cabeça mas ainda existe o ranso em mim de que a igreja ´=e o Reino de Deus e que os líderes são Deus. Nada disso é verdade. Mas todo mundo sabe: ranso, bolor, manchas às vezes demoram pra sair.
Mas voltando ao cenário do priemiro parágrafo, penso que ele tem muito de mim, ou eu mto dele. Já fui um campo verde, com plantas viçosas, promissoras. Flores já existiram. Mas parece que um dia veio a ceifa, a foice, o fim. Do verde? Acho que não...acho qu e foi um ciclo que se encerrou, assim como qualquer cultura que aq terra abrace. Mas é claro que ninguém olha pra um campo pós-colheita e acha aquilo lindo! Quem sabe um pouco de agricultura, sabe que a tgerra tem que descansar para receber uma nova plantação. E de preferência, uma diferente da primeira, para que os nutrientes do solo não se esgotem. E neste processo bem o arado, vem os discos de aço do trator que afofa a terra. Este é um processo que parece dolorido. Mas a missão da terra é produzir, dar frutos, ser fértil, útil. E assim é o chamado para minha vida. Mas é preciso descanso, para a terra e para mim também.
 E virá o adubo, e virá o produto para corrigir a acidez, e virá a chuva e o sol.
Recomeço.
AS flores amarelas??? Ah, sim...elas estavam na beira da estrada, resistentes e luminosas, despretensiosas no meio do cerrado. Bravura! Mas também estavam aqui em casa, nos ipês que meu pai plantou lá na frente. Flores nos galhos, pq esse é o espetáculo do ipê. Flores no chão. pq segundo a poeta Maria Pia, "elas formaram um tapete para te receber....".  O engraçado é que a sflores vem queando o ipê já não tem tantas folhas, pq elas caem para receber as flores. Quando o ipê deixa de florescer, pq isso ele faz durante todo o tenebroso inverno, então já chegou a primavera, quando todo o resto do mundo floresce.
a propóstio...o ipê fica em frente a minha janela, onde sepre vejo passaros azuis, aos pares, beija-flores e outros sinais alados da presença de Deus...
Há quem veja sujeira  e até despropósito no espetáculo do ipê.
Eu vejo beleza, esperança, recomeço...
eu vejo o prenúncio da primavera...

Ps.: Por falar em verde e amarelo... hoje  foi Brasil 3 X 0 Chile
e segue o sonho brasileiro...


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